A mais de um ano atrás o mundo presenciava o início de uma
pandemia, onde tudo era novo, desde a forma de tratamento para a cura até como
reagiríamos a este caos causado pelo então chamado Covid-19.
Conforme o tempo foi se passando, muitas lições se foram
aprendendo, como por exemplo, a
importância da higienização e o distanciamento entre as pessoas.
O vírus trouxe sérios problemas para a sociedade, dentre
eles está o fechamento das escolas, dos projetos sócios assistenciais e
creches. Isso fez com que a taxa de desemprego crescesse muito nos últimos
meses; dentre os fatores mais agressivos que causaram centenas de desemprego em
nosso município, está o fechamento das creches. Em conversa com o casal Antônio
Marcos de Macedo e Daiane Claudino de Arruda moradores da Vila São José e
assistidos pelo programa de moradia com aluguel de baixo custo, pudemos
entender um pouco mais a respeito.
O casal Antônio e Daiane são pais de sete filhos, sendo eles;
Antony e Antonela de 01 ano e 08 meses (gêmeos), Emanuel e Emanuela de 07 anos
(gêmeos), João Miguel de 12 anos, Maria de Fátima de 09 anos e Antônio de 07
anos de idade.
Antes do início da Pandemia, Daiane trabalhava como
empregada domestica e ganhava 50,00 por dia, conseguindo arrecadar por mês
cerca de 500,00 reais, tinha mês que ganhava menos, pois seu salário dependia
dos dias que ela havia trabalhado. Já seu esposo Antônio Marcos trabalhava como
servente de pedreiro e ganhava 70,00 reais por dia trabalhado, quando chovia ou
ficava doente o mesmo deixava de ganhar, pois não possuía registro em carteira.
Com a chegada da Pandemia tudo mudou, Daiane passou a ficar
na casa com os filhos, pois as creches, escolas e projetos sócios assistências
deixaram de atender devido aos decretos do Estado de São Paulo onde se estendia
a todos os municípios da grande Capital.
Aos poucos as dificuldades foram chegando, aliás, são sete
crianças que necessitam de cuidados diariamente, alimentação, leite, produtos
de higiene e medicamentos quando se necessário.
Antônio nos conta também que por duas vezes ele e sua
família ficaram em isolamento domiciliar por suspeita de estar portando o
vírus, que por duas vezes teve que ficar na casa sem poder trabalhar, foram 30
dias sem prover o dinheiro que ajudaria a custear as despesas do lar,
principalmente o da alimentação.
O Casal Antônio e Daiane se sentem agraciados por fazer
parte da rede socioassistencial da SOAMPARO, pois graças ao aluguel reduzido,
cestas básicas fornecida as crianças que participam do projeto Casa Encantada e
atividades que estimulam o intelecto de seus filhos os auxiliando no
aprendizado, estão conseguindo superar as dificuldades do dia a dia e aos
poucos vencer os efeitos contrários do corona vírus.